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Escritórios abertos: entenda como eles afetam a produtividade

Escritórios Abertos: A realidade por trás da tendência global e como ela impacta diretamente na produtividade. Descubra os prós, os contras e as conclusões da ciência. Leia agora.

Os escritórios abertos são uma tendência global, mas estão longe de ser unanimidade. Derrubar paredes e colocar os funcionários lado a lado para uma comunicação facilitada pode parecer muito moderno, pois reforça a ideia de igualdade, independentemente do cargo, mas a prática não funciona 100%.

Nos últimos anos, universidades e institutos de pesquisa vêm se debruçando sobre o tema, e os resultados são uníssonos de que os escritórios de layout aberto não têm nada de benéfico para a concentração, inovação e produtividade, embora reduzam os níveis de estresse dos trabalhadores.

Neste artigo, vamos abordar prós e contras do plano aberto e considerações dos pontos de vista da ciência, de funcionários e empregadores. Confira!

O ponto de vista científico

Os ambientes de trabalho amplos estão em todos os continentes: seis em cada dez pessoas trabalham em um escritório de plano aberto. A descoberta veio de um estudo da International Facility Management Association feito em 2010. Mas será que há impactos comportamentais nesse novo modelo de escritório?

Uma pesquisa da Universidade de Harvard concluiu que sim, ao avaliar a repercussão da transição para layouts abertos em duas empresas listadas na Fortune 500 – compilado anual com as maiores corporações dos Estados Unidos. Os cientistas descobriram que, após a mudança, a interação cara a cara reduziu 70%, com as pessoas preferindo se comunicar por e-mail ou mensagens instantâneas.

A pesquisa ainda observou que os escritórios abertos tendem a exercer uma pressão social para que o funcionário “pareça estar o mais ocupado possível, já que todos podem vê-lo”. Como consequência, as pessoas se isolam mais (usando fones de ouvido, por exemplo), o que reduz as interações presenciais.

Conceito aberto em escritórios: modernidade em design, mas prejuízo para a produtividade.

“A adoção de escritórios abertos, portanto, parece ter o resultado perverso de reduzir ao invés de aumentar a interação produtiva”, concluíram os pesquisadores.

Um ponto a favor dos escritórios abertos é a redução do estresse, que é uma consequência da amplitude do espaço, que força as pessoas a se locomoverem mais.

O ponto de vista dos funcionários

O mito do plano aberto não é sustentado pela ciência e nem por boa parte dos funcionários. A ideia de que paredes a menos facilitam a comunicação e a interação, promovendo a satisfação no trabalho, foi estudada por pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália.

A constatação foi que os escritórios de plano fechado receberam notas mais altas dos funcionários nos quesitos qualidade acústica e privacidade.

Queda da motivação e da satisfação no trabalho foram observadas nos funcionários em outro estudo, que acompanhou a mudança de uma empresa de comunicação de escritório fechado para um de plano aberto.

A pesquisa ainda sugeriu que um bom projeto de arquitetura corporativa pode corrigir o efeito adverso que a mudança para o layout aberto provoca nas pessoas, com a inserção de telas e elementos de redução de ruído, além de apresentar o projeto do novo local de trabalho para a equipe.

O ponto de vista das empresas

Especialistas dizem que a preferência pelo plano aberto decolou depois que o Google adotou o modelo em sua sede, na Califórnia, e que foi seguido pelas startups. A partir daí, foi um passo para que as empresas estabelecidas abandonassem os escritórios com divisórias.

E os motivos para isso? São dois: ter alguma semelhança com empresas de sucesso e a redução de custos. Montar um espaço aberto é mais barato do que várias salas, além de a área útil ser menor em workplaces que dispensam paredes.

Os móveis para escritórios modernos e abertos também são mais funcionais, gerando custos menores na aquisição.

Prós e contras do escritório aberto

Os escritórios abertos carregam pontos de atenção, e o primeiro deles é sobre a acústica. Sem paredes, o som se propaga, o que aumenta o ruído e atrapalha a concentração. No entanto, existem saídas arquitetônicas para estancar sons indesejáveis, como forros acústicos, revestimentos e tapetes.

Outro ponto é a delimitação de espaços de trabalho, áreas colaborativas, descompressão e reunião, assim como a organização dos departamentos. Áreas de maior silêncio devem alocar as equipes que exigem muita concentração. A demarcação desses espaços pode ser feita por vidros, armários e plantas.

Pequenos refúgios para privacidade e concentração podem ser incorporados a layouts abertos.

Uma solução para aumentar a concentração e a privacidade é construir espécies de “casulos”. Um estudo da Universidade de Wisconsin-Madison mostra que fornecer privacidade visual em escritórios abertos “ajuda as pessoas a se concentrarem significativamente”.

Um dos pontos altos dos ambientes abertos é a arquitetura, que trabalha sem restrição de espaço, e pode construir um forte senso de comunidade e estimular a colaboração no trabalho.

Enquanto o mundo do trabalho observa uma difusão do layout aberto, estudos científicos vêm mostrando que existem impactos negativos desse conceito na produtividade e satisfação. O equilíbrio dessa equação está em criar um ambiente de bem-estar e que ao mesmo tempo proporcione certa privacidade visual.

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