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Esgotamento profissional no home office: como evitar?

Como trabalhadores em home office podem cuidar da saúde mental? O que as empresas podem fazer por eles? Continue a leitura e entenda melhor o assunto.

Trabalhar em home office é o sonho de muitos: fazer horários mais flexíveis, vivenciar de perto a família e ainda a oportunidade de trabalhar com mais conforto, tanto na questão de mobilidade, como até mesmo de vestuário. Mas quem está há muito tempo nesse modelo sabe que nem tudo são rosas e é preciso estar atento ao esgotamento profissional ou, em termos técnicos, a Síndrome de Burnout.

Em resumo, esse quadro acontece quando o ambiente de trabalho se torna exaustivo, de muita pressão e as responsabilidades são muitas. Neste cenário de pandemia, além dos critérios citados anteriormente, ainda temos a ansiedade e a preocupação geradas pelo desemprego crescendo no Brasil.

As pesquisas também preocupam: 30% dos trabalhadores brasileiros são atingidos pela síndrome do esgotamento profissional, de acordo com números da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).

Pensando nisso tudo, é possível driblar esse episódio? Como trabalhadores em home office podem cuidar da saúde mental? O que as empresas podem fazer por eles? Continue a leitura e entenda melhor o assunto.

O que é a síndrome do esgotamento profissional?

Você já sentiu incapacidade em se desligar do trabalho? Ou então, começou a sacrificar as suas necessidades básicas, como o sono e a boa alimentação? A sua vida social se tornou distante, você não tem mais paciência para lidar com algumas situações e tudo o que consegue sentir é um grande vazio interior e exaustão?

Bom, esses são alguns sinais que podem indicar o esgotamento profissional. No começo, há cansaço e irritação, mas, com o tempo, a Síndrome de Burnout pode gerar quadros mais graves, como a depressão e até mesmo pensamentos suicidas.

Além dos sintomas psicológicos, como a dificuldade de concentração, sentimentos de fracasso, incompetência, derrota e isolamento, a doença atinge o bem-estar físico da pessoa. Portanto, é importante também estar atento aos seguintes sintomas:

  • Dor de cabeça frequente
  • Cansaço excessivo físico (e também mental)
  • Insônia
  • Dores musculares
  • Alteração nos batimentos cardíacos
  • Pressão alta
  • Alterações no apetite

Inicialmente, os sintomas são leves. Aos poucos, eles começam a fazer parte do dia a dia do colaborador, desenvolvendo quadros mais sérios. É normal ficar naquele dilema entre “será algo do momento ou esgotamento profissional?”. Na dúvida, procure ajuda de um profissional para investigar o caso mais a fundo.

Como o home office influencia a Síndrome de Burnout?

Antes de darmos as dicas de como evitar o esgotamento profissional, é importante entender como o home office pode influenciar essa exaustão mental e física. Afinal, você só consegue combater algo, compreendendo os fatores que geram tal situação. Vamos conferir:

Número alto de reuniões virtuais

Você já se sentiu exausto depois de uma reunião virtual? Parece até estranho, não é mesmo? A verdade é que a psicologia e as pesquisas já explicam porque nos sentimos tão cansados após esses momentos.

O termo para designar essa situação é Zoom fatigue (referência a uma das plataformas de videochamada mais famosas) e acontece pela ausência da comunicação não-verbal, explica a ciência.

Quando conversamos pessoalmente, nós, como seres sociais, deciframos e captamos todos os movimentos da comunicação não-verbal. Nas reuniões virtuais, esse contato não existe e, portanto, o cérebro faz mais esforço para prestar atenção. Se houver um número grande de participantes, mais exaustivo se torna.

Incapacidade de equilibrar vida profissional e pessoal

Isolados em casa, sem muitas opções do que fazer e de lazer, os funcionários acabam por se conectar mais ao trabalho. Quando o trabalho acontece no escritório, os horários são obrigatórios, portanto, você sabe que precisa ir para casa ou parar para almoçar, certo?

Em casa, isso acaba por se perder e faz com que as pessoas se envolvam mais com o trabalho e fiquem trabalhando por mais tempo do que deveriam.

Convívio familiar

Talvez no escritório que você trabalhava até poderia ter ruídos, mas com certeza não se comparam aos sons domésticos. O convívio familiar é uma das vantagens do home office, mas também pode ser uma das grandes armadilhas.

Com as crianças em casa e entediadas pelo isolamento social, é normal que elas queiram mais atenção dos pais, brincar, conversar e ajuda para os estudos. Conciliar a criação dos pequenos e o trabalho começa a se tornar um verdadeiro desafio.

Além disso, dentro de casa pode haver mais conversa e mais distrações. Até mesmo os problemas familiares começam a ocupar o horário de trabalho. Nessa situação, a rotina se torna mais cansativa e estressante, atrapalhando o desempenho e o foco.

Trabalhar em home office com a presença de crianças se tornou um grande desafio para quem precisa equilibrar esses dois aspectos durante o dia.

Falta de convívio com o mundo externo

Esse quadro se acentua mais quando pensamos na pandemia. O isolamento social nos impede de manter nossa rotina normal, como ir à academia, ao cinema, sair aos fins de semana. Enfim, a vida social limita-se apenas ao nosso lar.

Junto com o home office vem a falta de contato com os colegas de trabalho, aquela pausa para o café em que você bate-papo com os outros colaboradores. Situações que eram comuns, agora não acontecem mais.

Tudo isso pode gerar o sentimento de solidão e de estar preso em uma rotina exaustiva que se limita a trabalho, às tarefas domésticas e às telas de computador e celular.

Como evitar o esgotamento profissional?

Agora que você já entende qual o conceito da Síndrome de Burnout e algumas situações que podem influenciar no seu esgotamento profissional durante o home office, chegou o momento de conferir algumas dicas de como evitar esse quadro:

1. Organize a sua rotina em um planner ou agenda

Organização é fundamental para não viver em um ciclo de tarefas não concluídas, esquecimento e falta de prioridade. Liste em uma agenda ou planner quais são as coisas que são importantes e urgentes, anote todos os compromissos da semana e do dia e alinhe o seu período de trabalho com as tarefas da sua vida pessoal.

2. Tire momentos do dia para se desligar de telas

Quem trabalha em computador sabe como é desgastante ficar o tempo conectado, não é mesmo? Portanto, ao terminar o seu expediente, espere uma ou duas horas para ligar a televisão ou mexer no celular. Meia hora antes de ir dormir, desconecte-se de todas as telas da sua casa e comece um processo de relaxamento.

3. Organize o seu período de trabalho com a técnica Pomodoro

técnica Pomodoro é excelente para quem quer mais produtividade e evitar distrações. Você pode aplicá-la para todas as tarefas do seu dia a dia, sobretudo no trabalho. Neste artigo, descrevemos detalhadamente como funciona essa prática.

4. Separe horários para fazer o que mais gosta

Como está a sua rotina? Ela é só trabalho ou você também se permite divertir? É preciso saber conciliar os dois e entender que ambos são importantes para uma vida mais equilibrada. Comece por listar quais atividades você gosta de fazer e organize um tempo do seu dia para dedicar-se a elas.

5. Repense os seus valores

A sua vida pessoal e profissional tornou-se apenas uma? Então, chegou o momento de dar uma pausa para refletir sobre isso. Viver não é apenas trabalhar, mas aproveitar a família, o lazer e outras satisfações que a vida tem para você.

O seu trabalho se tornou mais importante que boas horas de sono e que um almoço com a família? Caso a resposta seja sim, é preciso colocar na balança e considerar o que é fundamental.

6. Aprenda a descansar

Aprender a descansar parece até engraçado, certo? Mas a verdade é que nem todo mundo sabe fazer isso. Quando você trabalha em home office e as rotinas podem se tornar só uma, a pausa pode começar a ser inexistente.

Termine o seu trabalho no horário certo do expediente e evite pensamentos constantes sobre suas tarefas. Sem descanso, as chances de chegar a uma exaustão física e mental ou esgotamento profissional são bem maiores.

O mundo corporativo nem sempre trata o descanso e a pausa como uma pauta fundamental para a saúde mental.

O que as empresas podem fazer para evitar a Síndrome de Burnout?

Afastamentos por esgotamento profissional já são realidade no Brasil. E, claro, todo gestor sabe que isso acaba por ter um custo financeiro para a empresa. Mas não se trata apenas de valores, e sim de ajudar pessoas a terem uma vida com mais qualidade e saúde.

Neste momento de coronavírus, empresas podem e devem cuidar do time e de suas necessidades pessoais. O isolamento social e a pandemia pedem por aproximação e humanização dos processos.

Em primeiro lugar, é importante manter contato. Sempre estar próximo aos colaboradores para verificar se está tudo bem, se precisam de alguma coisa, como se sentem mentalmente e fisicamente. Preocupe-se com fatores que vão além das tarefas.

Um segundo aspecto importante é saber ceder conforto ao time. Se você sabe que alguém está em um dia complicado e não se sente bem emocionalmente e psicologicamente, que tal abrir uma exceção para que ela tenha um dia off? Flexibilize o horário e dê liberdade para que a pessoa se encaixe na rotina que é melhor para ela.

Caso algum dos seus colaboradores já apresentem um quadro de muito estresse e com alguns sintomas de esgotamento profissional, chegou a hora de dar mais apoio. Converse com essa pessoa, faça-a se sentir segura e incentive a procura por um profissional. Nesse momento, a empresa pode pensar em pagar a terapia ou oferecer algum tipo de auxílio para que o time tenha acesso a isso.

Como colaborador ou gestor, pratique sempre o olhar empático. Entenda necessidades, converse, abra espaço para que pessoas exponham os sentimentos. Em um momento de tanta angústia e ansiedade, todo mundo só quer poder conversar e sentir segurança.


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