Neuroarquitetura corporativa: como aplicá-la nos ambientes
Neste artigo, você vai conhecer oito pontos fundamentais para aplicar o conceito de neuroarquitetura em pequenos ou grandes ambientes de trabalho. Veja só.
A neuroarquitetura corporativa explica como o ambiente de trabalho afeta o cérebro, as emoções e o comportamento. Ainda pouco explorada no Brasil, essa ciência é aplicada a projetos de arquitetura, urbanismo e design de interiores.
Um projeto que utiliza a neuroarquitetura busca, primeiro, entender o objetivo do espaço, e depois a sensação que se deseja criar nos frequentadores. Foi só nos últimos anos que passou a ganhar corpo em projetos comerciais voltados para aumento da produtividade e bem-estar no trabalho.
Neste artigo, você vai conhecer oito pontos fundamentais para aplicar o conceito de neuroarquitetura em pequenos ou grandes ambientes de trabalho. Veja só!
Por que investir em neuroarquitetura?
A busca pelo aumento de produtividade, a criação de ambientes de trabalho inovadores que atraem os melhores talentos e a retenção de colaboradores, geram inúmeras discussões, inclusive em aspectos gerenciais, liderança e organização nas corporações.
A arquitetura corporativa oferece soluções projetuais que visam melhorar o convívio e a produtividade dos colaboradores, proporcionando-lhes maior bem-estar e aumento no nível de engajamento por mudanças de comportamento induzidas pelo novo ambiente de trabalho.
A neuroarquitetura pensa na ocupação do espaço de trabalho além da funcionalidade, de forma a proporcionar bem-estar físico e mental. Dentro desse objetivo, são aplicados elementos arquitetônicos e decorativos que fazem com que as pessoas experimentem boas sensações ao permanecer ali.
Um dos objetivos da aplicação da neuroarquitetura é a qualidade de vida no trabalho.
São analisados nesse processo o impacto da iluminação, de formas, texturas, aromas, cores e sons. Veja quais são os pontos fundamentais da aplicação da neuroarquitetura em escritórios.
1. Iluminação natural
O cérebro e o corpo humano necessitam de sol para liberação da melatonina (hormônio responsável pela boa qualidade do sono) e produção de vitamina D, que é vital para a proteção dos ossos.
A luz solar também melhora o humor, pois o corpo é “programado” para funcionar sob efeito do sol, e a falta dessa luminosidade pode gerar problemas graves, como depressão e transtornos de ansiedade.
Ambientes com bastante luz natural estimulam o relaxamento e o bom humor.
Dessa forma, um projeto de neuroarquitetura corporativa vai valorizar áreas com entrada de luz natural. Na prática, significa colocar mesas próximas a janelas amplas, investir em claraboias ou em aberturas horizontais nas paredes. Além de vantagens sobre o ciclo fisiológico e psicológico, a luz solar economiza energia elétrica.
2. Iluminação artificial
Na iluminação artificial, as atenções se voltam para a temperatura da luz. Lâmpadas frias (brancas) deixam em estado de alerta, enquanto lâmpadas quentes (amarelas) trazem sensação de aconchego e tranquilidade.
Qualquer que seja a escolha, os dois tipos de iluminação induzem a sentimentos que não são interessantes quando aplicados em excesso. Uma solução para esse dilema é mixar ambientes com as duas opções de iluminação e criar diferentes espaços no escritório.
A criação de áreas colaborativas e de descompressão com iluminação quente é fundamental para reduzir o estresse e melhorar o nível de concentração, criatividade e produtividade.
3. Preocupação acústica
Este é um tema ainda pouco abordado em muitos escritórios, mas talvez um dos mais importantes, pois o nível ruído em um ambiente tem influência direta no humor e na concentração.
Para escritórios, o nível de ruído considerado confortável é entre 60 e 65 decibéis, e quantidades acima desse limite podem causar alterações de humor, irritabilidade, estresse e desconforto.
Por outro lado, sons agradáveis, especialmente de elementos naturais, como a água, têm efeito calmante e provocam respostas emocionais positivas.
A propagação de sons pode ser um problema, especialmente em escritórios de plano aberto, mas o uso de alguns materiais auxilia no isolamento acústico. Vidros, tapetes e forros acústicos exercem essa função nos ambientes.
4. Paleta de cores
O ambiente corporativo não precisa ter uma cor única nas paredes. Em vez disso, é possível utilizar cores para delimitar as áreas do escritório e ainda trabalhar dentro do conceito da neurociência aplicada à arquitetura.
Os tons pastel, por exemplo, são relaxantes e indicados para espaços de descanso. Por outro lado, cores estimulantes devem cobrir paredes das áreas mais descontraídas.
Cores também servem para delimitar espaços nos ambientes de trabalho.
Na área de trabalho, a dica é utilizar tons vibrantes para favorecer a produtividade, a criatividade e o estado de alerta.
5. Sensação olfativa
Pode não parecer importante, mas o olfato está intimamente ligado aos sentimentos. Por isso, devem ser criados procedimentos para evitar odores muito fortes, tornando o ambiente o mais neutro possível, pois a preferência por determinados aromas faz parte da individualidade do ser humano.
O trabalho com aromas em um projeto que aplica a neuroarquitetura pode estar focado na construção de espaços verdes, que também funcionam como áreas terapêuticas.
6. Espaços verdes
A presença do verde torna o ambiente de trabalho agradável e é um dos pilares da neuroarquitetura. A presença de plantas em espaços internos aproxima as pessoas da natureza, além de estimular o relaxamento e o bem-estar.
Escritórios verdejantes usam jardins verticais, vasos suspensos e de chão e miniplantas em prateleiras e mesas de trabalho.
7. Privacidade
Outro detalhe importante é a dimensão do espaço individual de trabalho. Segundo estudos, o diâmetro mínimo aceitável para cada indivíduo é de 1,20 metro. Mesas de trabalho menores podem causar sentimento de claustrofobia.
É interessante também disponibilizar espaços mais privativos para realizações de calls, conferências ou até mesmo ligações particulares.
Mesmo escritórios de layout aberto devem investir na criação de espaços privativos como forma de aumentar a concentração.
8. Interação no trabalho
Em novos projetos de arquitetura corporativa existe um grande consenso na implantação de espaços denominados ambientes de descompressão ou colaborativos.
Essas áreas exercem influência direta no comportamento dos usuários: eles se sentem mais descontraídos e obtêm uma nova perspectiva em relação à empresa, aumentando o nível de engajamento e criatividade. O surgimento de novas ideias também cresce naturalmente.
O posicionamento dos espaços colaborativos deve ser estratégico no projeto, fixando esses pontos em áreas próximas aos staffs, para estimular a interação entre as pessoas.
Aplicar recursos em neuroarquitetura é investir em pessoas para garantir a longevidade da sua empresa. Tenha em mente que o maior bem que qualquer corporação possui são seus próprios colaboradores.
Lembrando que o conceito deve ser aplicado de maneira planejada e estruturada, pois um erro no processo pode surtir efeitos não desejados e demandar custos desnecessários.
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